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Agronegócios

Frente articula derrubada de vetos para manter isenção fiscal e garantir segurança jurídica

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As Frentes Parlamentares da Agropecuária (FPA) e do Empreendedorismo (FPE) intensificaram a mobilização no Congresso Nacional para garantir a derrubada dos vetos presidenciais que retiraram a isenção fiscal dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros) e dos Fundos Imobiliários (FIIs). A votação está prevista para o próximo dia 17, em sessão conjunta de deputados e senadores.

No centro do debate está a manutenção de um ambiente seguro para investidores e a continuidade de uma alternativa importante de financiamento privado ao setor agropecuário. Segundo parlamentares envolvidos nas negociações, os Fiagros já contam com mais de 600 mil cotistas, com tíquete médio entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. O modelo tem sido adotado principalmente por cooperativas e produtores em estados como o Paraná, onde os fundos cresceram mais de 250% em dois anos.

A isenção tributária dos Fiagros havia sido acordada durante as discussões da Reforma Tributária e incluída no texto aprovado pelo Congresso. No entanto, o governo federal vetou esse trecho com base em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que apontou risco de inconstitucionalidade. Desde então, o setor produtivo e representantes parlamentares pressionam por uma saída legislativa ou pela derrubada do veto.

Para as frentes parlamentares, a medida do governo gera insegurança jurídica e prejudica a atratividade dos Fiagros, justamente num momento em que o crédito rural enfrenta dificuldades com juros altos e limitações no orçamento público. Os fundos têm sido apontados como uma alternativa mais ágil, moderna e menos burocrática para financiar a produção.

Além disso, há preocupação de que a falta de incentivos desestimule novos aportes, dificultando o o ao crédito por produtores de pequeno e médio porte, que poderiam se beneficiar desse tipo de investimento.

Outro ponto defendido pelas frentes é a importância de preservar o modelo para estimular a modernização do financiamento rural. Os Fiagros transformam ativos como Rs e CRAs em instrumentos financeiros com mais liquidez, o que favorece o ingresso de novos investidores, inclusive fundos de previdência.

Com o veto já pronto para votação, parlamentares trabalham com dois cenários possíveis. O primeiro é manter o veto temporariamente e aprovar um novo texto de consenso com o governo, que traga segurança jurídica. O segundo caminho, considerado mais sólido pelas frentes parlamentares, é derrubar o veto imediatamente e votar, em seguida, um novo projeto de lei que reforce os termos da isenção.

A decisão final dependerá da articulação entre lideranças partidárias, governo federal e representantes do setor produtivo. Em qualquer dos cenários, o recado do campo é claro: sem segurança jurídica, não há financiamento robusto — e sem financiamento, o risco recai sobre toda a cadeia produtiva.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócios

Pecuária avança em consórcio entre confinamento e plantio de eucalipto

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Dados do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) mostram que o Estado deverá ultraar 1,1 milhão de bovinos em sistema de confinamento em 2025, um aumento de cerca de 11% em relação ao ano anterior. Esse crescimento ocorre junto à expansão acelerada do plantio de eucalipto, que alcança 1,6 milhão de hectares no estado, segundo o instituto.

O rebanho confinado brasileiro saltou de 6,206 milhões de cabeças em 2020 para 8,333 milhões previstas em 2025 — um acréscimo de cerca de 2 milhões em cinco anos. Mato Grosso do Sul ocupa a quarta posição nesse segmento.

A tendência do consórcio entre confinamento bovino e florestas comerciais, principalmente de eucalipto, vem se consolidando como estratégia produtiva em Mato Grosso do Sul. O modelo aproveita a integração de pastagens com cultivos florestais, possibilitando maior aproveitamento da terra e diversificação de renda para os produtores.

Municípios do norte e nordeste do estado, como Camapuã, Bandeirantes e Rochedo, concentram o crescimento do confinamento, aproveitando a infraestrutura existente e a proximidade de frigoríficos. Nessas regiões, áreas destinadas ao plantio de eucalipto também avançam sobre pastagens, compondo o sistema integrado de produção.

O Imasul utiliza sistemas digitais para monitoramento das áreas, como o CarbonControl e o Unigeo, que ajudam a mapear o uso do solo e garantir o cumprimento das normas ambientais. Conforme os dados do instituto, a conversão de áreas de pastagem em florestas comerciais está próxima de 1 milhão de hectares.

O consórcio entre confinamento e eucalipto tem sido apontado como alternativa para aumentar a produtividade sem ampliar a pressão sobre novas áreas de vegetação nativa. A prática permite a otimização dos recursos naturais e pode contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário no estado.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócios

Avança projeto que permite pagar arrendamento com produtos agrícolas

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Os produtores rurais estão mais próximos de ter garantido por lei algo que muitos já praticam há anos: o pagamento de contratos de arrendamento com sacas de soja, milho, arroz ou outros produtos do campo. O Projeto de Lei 292/2025, que trata justamente dessa forma de pagamento, avançou na Câmara dos Deputados, após ser aprovado pela Comissão de Agricultura.

A proposta, de autoria do deputado Rafael Pezenti, recebeu parecer favorável da deputada Daniela Reinehr, que destacou os benefícios para o homem do campo, especialmente os pequenos e médios produtores. Para ela, o projeto traz mais liberdade para negociar e segurança jurídica. “Essa prática já existe no dia a dia do produtor rural. O que estamos fazendo aqui é tirar da sombra da ilegalidade algo que o campo já faz com naturalidade”, afirmou.

O pagamento com produtos da lavoura era comum até ser considerado irregular por um decreto de 1966. Com a aprovação do projeto, essa forma de acerto entre arrendador e arrendatário poderá ser feita legalmente, desde que prevista em contrato.

Agora, a proposta segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), onde será analisada quanto à legalidade. Caso avance, a medida pode trazer mais tranquilidade para quem planta e colhe, sem precisar depender da oscilação dos preços no papel-moeda.

Fonte: Pensar Agro

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