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Campo Grande

Falta verde nas escolas de Campo Grande, e não há muitas praças e parques por perto que as crianças possam usar, aponta pesquisa inédita 

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Quase um quarto (23%) das escolas de Campo Grande não têm áreas verdes. Por que isso importa? Porque, para muitas crianças, a escola representa o principal local para ter contato com a natureza, brincar e aprender ao ar livre – atividades nem sempre possíveis em outros ambientes em seu cotidiano. Essa ausência também não é compensada por praças ou parques próximos que possam ser ados pelas crianças: a cidade de Campo Grande está entre as cinco capitais com os piores índices de distribuição de praças e parques ao redor de escolas. Praticamente metade, 46% das instituições de ensino, não tem áreas verdes por perto.

Os números fazem parte de uma pesquisa inédita do Instituto Alana a partir de dados levantados pelo MapBiomas e analisados conjuntamente com a Fiquem Sabendo. Foram pesquisadas 20.635 escolas públicas e particulares, de educação infantil e fundamental, para entender o o que as crianças e adolescentes têm a áreas verdes e a resiliência das escolas: quais e quantas são extremamente quentes ou correm riscos climáticos, por exemplo? E como essas informações se conectam com desigualdades raciais, territoriais e socioeconômicas?

O levantamento indica que cerca de 90% das escolas em áreas de risco estão dentro ou em até um raio de 500 metros de favelas e comunidades urbanas, e que 51% dessas escolas tem maioria de alunos que se declaram negros, percentual que cai para apenas 4,7% nas escolas com maioria de alunos que se declaram brancos, evidenciando a conexão entre desigualdades e fatores climáticos, bem como o racismo ambiental.

A pesquisa mapeou ainda que faltam áreas verdes, tanto dentro quanto no entorno das escolas, situação que é particularmente preocupante na educação infantil, com 43,5% das escolas sem áreas verdes. Nas capitais, 20% das escolas também não têm praças e parques no entorno de 500 metros, o que impacta diretamente mais de 1,5 milhões de alunos de 4.144 escolas. Ao contrário do senso comum, que considera escolas particulares em geral melhores do que públicas, nesse quesito a situação se inverte: apenas 9% das escolas particulares têm mais de 30% de área verde no lote, enquanto nas públicas o percentual é de 31%, o que revela uma grande oportunidade para os equipamentos públicos na ampliação do contato das crianças com a natureza.

Crédito: Escola em Carapicuíba – SP/Divulgação: Instituto Alana

A falta de verde nas escolas é agravada por desigualdades raciais e econômicas, sendo maior para estudantes que vivem em favelas e comunidades urbanas, bem como para alunos negros. São eles também os que estudam em escolas localizadas em áreas mais quentes: cerca de 36% das escolas com maioria de alunos negros estão em territórios com temperaturas 3,57oC acima da média de temperatura da capital, enquanto 16,5% das escolas com maioria de alunos brancos encontram-se na mesma situação.

Considerando que 80% das crianças e adolescentes no Brasil vivem em centros urbanos e am boa parte do seu tempo na escola, se o o a áreas verdes não ocorrer ali, a natureza pode não fazer parte de suas vivências. Está cientificamente comprovado que o contato com a natureza melhora todos os indicadores de saúde e bem-estar de crianças e adolescentes, como imunidade, memória, sono, alívio do estresse, capacidade de aprendizado, sociabilidade e desenvolvimento motor. Em cidades cada vez mais cimentadas, com trânsito intenso e insegurança, têm sobrado às crianças e adolescentes o confinamento em espaços internos – e o excesso de telas.

Ao mesmo tempo, o clima mudou e é preciso identificar as escolas mais vulneráveis às ondas de calor, alagamentos, enchentes e deslizamentos, agindo para prevenir e aumentar sua resiliência, já que as crianças e adolescentes estão justamente entre os mais afetados por eventos climáticos extremos. “A natureza deve ser fonte de saúde e aprendizado, e não uma ameaça. Por isso, o papel das escolas é central para promover o a áreas verdes e adaptação às emergências climáticas. É preciso desconcretar a infância e adotar soluções baseadas na natureza — como jardins de chuva, captação e tratamento de água, restauração da vegetação nativa e compostagem — para prevenir enchentes, equilibrar o calor, aumentar a biodiversidade e, ao mesmo tempo, trazer benefícios para a saúde física e mental das crianças”, diz JP Amaral, gerente de Natureza do Instituto Alana.

Segundo Maria Isabel Amando de Barros, especialista do Instituto Alana que esteve à frente do trabalho, toda a comunidade escolar deve ser incluída nessa transformação das escolas em locais mais verdes e resilientes. “Escolas são equipamentos numerosos, bem distribuídos pelo território, que funcionam como polos de irradiação de conhecimento e cultura em suas comunidades. Ter a natureza como centralidade e dar às crianças oportunidades para brincar e aprender com ela, contribui com a educação ambiental e climática, fomentando o protagonismo necessário para que crianças e adolescentes possam participar efetivamente da transição verde de nossas sociedades”, diz.

Sobre o Alana

O Alana é um ecossistema de organizações de impacto socioambiental que promove e inspira um mundo melhor para as crianças. Um mundo sustentável, justo, inclusivo, igualitário e plural. Um mundo que celebra e protege a democracia, a justiça social, os direitos humanos e das crianças com prioridade absoluta. Um mundo que cuida dos seus povos, de suas florestas, dos seus mares, do seu ar. O Alana é um ecossistema de organizações interligadas, interdependentes, de atuação convergente, orientadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O encontro de um Instituto, uma Fundação e um Núcleo de Negócios de Entretenimento de Impacto. Um combinado único de educação, ciência, entretenimento e advocacy que mistura sonho e realidade, pesquisa e cultura pop, justiça e desenvolvimento, articulação e diálogo, incidência política e histórias bem contadas.

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Campo Grande

Morre cirurgião que caiu de janela na Santa Casa de Campo Grande

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André Afif Elossais, cirurgião dentista que caiu de uma janela da Santa Casa de Campo Grande, na manhã desta quarta-feira (4), não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele teria caído do sexto andar da instituição, segundo Corpo de Bombeiros.

Conforme informações preliminares, ele era responsável pelo Núcleo de Pesquisa da Escola de Saúde do hospital. Vítima caiu sobre a marquise do primeiro andar do Hospital do Trauma.

Fábio Edir dos Santos Costa, diretor da Escola de Saúde da Santa Casa, comentou a respeito. Segundo a diretoria, todo o e necessário foi dado. O hospital não confirmou oficialmente a morte.

Ainda conforme a diretoria, a família do servidor já foi informada e se encontra no local. “Estamos dando toda a assistência. A família já está sabendo. Eles estão presentes”.

Colegas de trabalho relatam que vítima tinha depressão. “Ele já havia informado que hoje não estaria mais aqui. Fiquei triste, pensei que ele estava brincando. Ontem ele estava feliz, brincando, rindo, mas na hora do almoço me disse que hoje ele não estaria aqui. Fiquei sem entender, achei que fosse brincadeira, que seria algo do trabalho”, lamentou um colega.

Fonte: topmidianews

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Campo Grande

Homem resiste à abordagem e esfaqueia policiais no Centro de Campo Grande

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Homem de 37 anos foi preso na noite desta segunda-feira (2) após resistir à abordagem policial, ferir um dos militares com uma faca e ameaçar de morte os agentes durante a ocorrência. O caso aconteceu na Rua Aquidauana, Centro de Campo Grande.

De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais estavam abordando outro homem quando o rapaz teria ado pelo local. Segundo os militares, eles o chamaram para ser abordado, mas ele teria se recusado a obedecer às ordens.

Os policiais, então, tentaram contê-lo, porém, o homem teria reagido com socos, pontapés e ofensas, relatam. Durante a tentativa de contenção, o rapaz sacou uma faca do bolso e, segundo a equipe, feriu levemente um dos policiais no braço.

O suspeito ainda teria ameaçado os agentes, dizendo que “iria matar todos”, inclusive suas famílias. Em seguida, correu para dentro da residência onde alegou morar, pegou um canivete que estava sobre uma mesa e se trancou no quarto.

Foi necessário apoio de outras duas viaturas para que os policiais conseguissem desarmá-lo e realizar a prisão. O homem, então, foi encaminhado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitária, onde recebeu medicação e foi liberado.

De lá, seguiu para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) – Cepol. Na delegacia, ele negou ter agredido os policiais e afirmou que foi abordado ao chegar à casa da namorada com uma sacola de sorvetes.

Ele relatou ter sido agredido dentro da casa e negou portar faca ou canivete, dizendo que as armas brancas foram recolhidas pelos próprios policiais dentro da casa. Em razão das alegações, a autoridade policial determinou que ele também fosse incluído no boletim como vítima de lesão corporal, com autoria a ser apurada.

Um relatório médico apresentado à polícia confirma que o homem apresentava hematomas na face, inchaço na boca, ferimento com sangue coagulado na nuca e dor de cabeça. Foi solicitada perícia de corpo de delito para ele.

Fonte: TopMidia News

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